Campeão Mundial de 1992

No dia 13 de dezembro de 1992, o São Paulo superou o Barcelona por 2 a 1, com dois gols de Raí, e venceu pela primeira vez o Mundial Interclubes. Essa história, que começou com a conquista da Copa Libertadores da América na maior festa que o MorumBIS já viu até hoje, quando o Tricolor bateu o Newell’s Old Boys, da Argentina, nos pênaltis, terminou com a torcida parando a capital paulista quando a delegação retornou com o mais importante troféu da história do clube, até então.

REVISTAS SOBRE A CONQUISTA

O adversário são-paulino no Japão, o Barcelona, era o franco favorito – ao menos, para a imprensa mundial. Liderados pelo gênio da “Laranja Mecânica”, o holandês Cruyff, o time catalão também possuía jogadores de alto nível, cujo principal expoente era o búlgaro Stoichkov, que em 1994 se tornaria um dos destaques da Copa do Mundo.

JORNAIS DO TÍTULO

De quebra, o Tricolor vinha de uma maratona de jogos. Naquele fim de ano, o São Paulo havia derrotado o Palmeiras no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista por 4 a 2 (em um show de Raí, que marcou três gols). Na sequência, a delegação viajou rumo ao Oriente para disputar a mais importante competição de clubes do planeta. Depois do título mundial, ainda de ressaca, os Tricolores venceram novamente o rival, desta vez por 2 a 1 e conquistaram também o Paulistão, sem nenhuma mancha na faixa de campeão. Mas essa é outra história…

O JOGO 

Nervosismo, ansiedade ou até mesmo respeito ao adversário em demasia. Tudo isso pode justificar o fato dos europeus terem começado a partida com absoluto domínio sobre os são-paulinos, tomando conta do campo brasileiro, trocando e invertendo muitas bolas, e atrapalhando o sistema defensivo do Tricolor. Assim, aos 12 minutos, Stoichkov – justo ele – abriu o marcador em favor dos espanhóis com um gol categórico, de fora da área ao ângulo da meta.

Porém, o time são-paulino não se abateu e pouco depois quase empatou com um forte chute de Cafu, também de fora da área, obrigando bela defesa de Zubizarreta – mostrando aos catalães que o Tricolor estava vivo na disputa. Mais que isso, a partir daquele momento passou a tomar conta do jogo e Ronaldo Luiz quase fez um gol espetacular, de muito longe, na lateral esquerda, aos 24 minutos.

O São Paulo era melhor e, três minutos depois, fez valer a superioridade em campo e empatou o placar após preciosa jogada de Müller, que deixou o adversário zonzo, e ao instinto de finalização de Raí:

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A partir de então o jogo tornou-se mais dinâmico e o Tricolor passou a ser ainda mais perigoso: Müller quase marcou um gol épico, encobrindo o goleiro adversário, que foi impedido pelo zagueiro embaixo do arco. O Barcelona tentava contra-atacar, mas Zetti garantia o resultado sob às traves. E quando a bola passou por ele, ao final da primeira etapa, lá estava Ronaldo Luiz, o santo da marca da cal, para salvar em cima da linha!

No período complementar, o São Paulo se sobrepujou ao Barcelona não somente tecnicamente, mas também fisicamente. Müller, Cafu e Vítor – os mais velozes –, destroçaram o desempenho dos defensores espanhóis. Zubizarreta, em quatro incríveis oportunidades, teve que se virar para impedir que o Tricolor desempatasse o resultado.

Aos 34 minutos, depois de Palhinha sofrer falta na entrada da área, não haveria nada mais que o arqueiro rival pudesse fazer. Raí pegou a bola para cobrar a falta. Cafu parou ao seu lado. Pintado chegou junto a eles e vibrou como se antevisse o que estava por vir. E então…

Gol! Um golaço! No ângulo! Raí, com maestria colocou o São Paulo à frente do placar. E o goleiro nem se mexeu. O lance foi tão perfeito que sempre se imaginou que a jogada fora muito trabalhada, ensaiada em treinamentos…, mas não. Nunca havia acontecido. O próprio Raí não era de fazer muitos gols de falta. Mas ali era para ser. Era o destino.

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O que se viu a seguir foi o camisa 10, em plena alegria, correr para o banco de reservas na tentativa de agradecer ao mestre, com carinho, por toda a jornada que haviam caminhados juntos até aquele momento de glória. Porém, os colegas tricolores reservas, em comemoração efusiva, invadiram o campo para lhe abraçar e o impediram de chegar até Telê, que sorria como um menino sentado no banco.

O São Paulo sagrou-se campeão mundial! E isto, todos esses momentos marcantes, toda essa emoção, foi apenas a primeira vez. 

FICHA DO JOGO

13.12.1992
Tóquio (Japão)
Estádio Nacional de Tóquio

Fútbol Club BARCELONA 1 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube

FCB: Zubizarreta; Ferrer, Ronald Koeman, Guardiola e Eusébio; Bakero (Goicoechea, 6’/2), Amor, Stoichkov e Michael Laudrup; Richard Witschge e Beguiristain (Nadal, 34’/2). Técnico: Johan Cruyff.

Gol: Stoichkov, 12’/1.

SPFC: Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo (Dinho, 38’/2), Raí (capitão) e Cafu; Palhinha e Müller. Técnico: Telê Santana.

Gols: Raí, 27’/1; Raí, 34’/2.

Árbitro: Juan Carlos Loustau (Argentina)
Assistente 1: Park Hae Yong (Coréia do Sul)
Assistente 2: Shinichiro Obata (Japão)

OS CAMPEÕES

1 Zetti Armelino Donizete Quagliato GL
2 Vítor Claudemir Vítor LD
3 Adílson Adílson José Pinto ZG
4 Ronaldão Ronaldo Rodrigues de Jesus ZG
5 Pintado Luís Carlos de Oliveira Preto VL
6 Ronaldo Luís Ronaldo Luiz Gonçalves LE
7 Müller Luiz Antônio Corrêa da Costa AT
8 Toninho Cerezo Antônio Carlos Cerezo MC
9 Palhinha Jorge Ferreira da Silva MA
10 Raí Raí Souza Vieira de Oliveira MC
11 Cafu Marcos Evangelista de Moraes AT
12 Marcos Marcos Antônio Alvim Bonequini GL
13 Válber Válber Roel de Oliveira ZG
14 Dinho Edi Wilson José dos Santos VL
15 Catê Marcos Antônio Lemos Tozzi AT
16 Elivélton Elivélton Alves Rufino AT
 –  Lula Luiz Bonfim Marcos ZG
 –  Cuca Flávio Monteiro Santos MC
 –  Suélio José Suélio da Silva Lacerda MC
 –  Macedo Natanael dos Santos Macedo AT

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